May 25, 2005

SUPERLIGA 2004-2005

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A Superliga 2004-2005 terminou no último fim-de-semana e, tal como prometi durante esta época faço aqui a minha análise à temporada futebolística.
Numa palavra podemos descrever a liga deste ano como EMOTIVA. Já não tínhamos uma tão tardia decisão do título e um campeonato tão renhido desde a época de 1999-2000 quando um tal de Sabry decidiu marcar um golo de livre em Alvalade e adiou a decisão do título para um também emotivo Salgueiros 0-4 Sporting.
Um dos mais interessantes fenómenos que se passou durante esta época foi o facto de ter desaparecido o mito das equipas pequenas jogarem para o empate nos embates com os ditos grandes. Salvo casos excepcionais, estas equipas encararam todos os desafios com uma postura “para ganhar”, talvez isto tenha sido devido à nova vaga de treinadores, como o Luís Castro (Penafiel), João Carlos Pereira (Académica/Nacional) e, claro, Carlos Brito (Rio Ave). Os resultados desta técnica foram evidentes como se pode ver, por exemplo, pela vitória do Penafiel em Alvalade por 2-0.
No que diz respeito à luta pelo título, poderei arranjar uma descrição para cada um dos 3 grandes: O FC Porto foi afectado por um novo-riquismo atroz que fez com que se comprassem jogadores às 3 pancadas, sendo que alguns deles nunca chegaram a actuar como o Rossato e o Paulo Adriano. De facto, este novo-riquismo sentiu-se especialmente depois da época de contratações de Inverno, quando o Porto se tornou mais parecido com uma escola de samba do que com um clube de futebol. Considero que esta situação tenha sido a grande causa do insucesso do Porto, que como campeão europeu poderia e deveria ter feito melhor. Por outro lado, o Sporting foi capaz do melhor e do pior. Mantenho a minha opinião que o Sporting seria a equipa que melhores condições teria para chegar ao título, possuíamos um plantel equilibrado e graças à campanha na taça UEFA, os níveis de moral só poderiam estar elevados, porém as coisas não correram conforme o esperado e o resultado foi um tristonho 3ºlugar, aquém dos objectivos mínimos para este campeonato que era o acesso directo à Liga dos Campeões. Ainda por outro lado, o Benfica acabou por merecer ser campeão pela sua regularidade ao longo deste campeonato atípico (leia-se acabou por ser quem melhor aproveitou os deslizes dos outros candidatos). Apesar de não possuir um plantel rico em soluções, a força de vontade que a equipa mostrou e o incondicional apoio dos adeptos fez com que se possa afirmar que é um justo vencedor. Vejo como ponto-chave nesta campanha do Benfica a contratação do Nuno Assis que, apesar de não ser nenhum fora de série, foi criar um equilíbrio no onze inicial encarnado que lhes permitiu fazer uma apropriada ligação defesa-ataque. Não sou fã do futebol para o 1-0 que o Trapattoni implementou no clube, mas a verdade é que deu frutos e permitiu aos adeptos do clube festejar um título que já lhes fugia à 11 épocas.
A temporada fica também marcada pelo aparecimento de agradáveis surpresas nas ditas equipas pequenas como o Rio Ave, que praticou um dos mais atractivos “futebóis” nos campos portugueses ou o Sporting de Braga que desapareceu da luta pelo título somente na recta final graças a uma dupla leonina e chilena inspirada que arrumou com a defesa arsenalista.
Outros feitos de louvar neste campeonato foram elaborados pela Académica, cujo espírito lutador fez com que a equipa permanecesse na 1ªLiga, e pelo Vitória de Guimarães de Manuel Machado, que na segunda volta só perdeu (curiosamente) com os 3 clubes de Lisboa e conseguiu assim o acesso directo à taça UEFA (Para mais detalhes na campanha do Vitória ver este artigo do blog Sector B32).
Falemos agora das desilusões do campeonato: Para mim, em primeiro lugar destacado aparece o Beira-Mar: Com um estádio novo; um plantel de reconhecida qualidade e um grupo financeiro por trás (Stellar Group) não foi capaz de se aguentar na 1ªLiga, muito devido (na minha opinião) à instabilidade da equipa técnica (3 ou 4 treinadores ao longo da época) e à incompetência de um treinador que ficou por Aveiro durante muito tempo (Luís Campos). Outras decepções prendem-se com o nível das arbitragens (como não poderia deixar de ser…). Como é possível que árbitros como o Olegário Benquerença (Benfica-Porto), Hélio Santos (Estoril-Benfica) ou António Costa (Sporting-Nacional) possam continuar no futebol português?!? Foram, sem dúvida, os piores artistas nos relvados nacionais. E isto em pleno auge da operação Apito Dourado! Não deixa de ser irónico que as maiores suspeições tenham surgido quando na PJ se discute a legitimidade das arbitragens. Até acredito que no cômputo geral, entre prejudicar ou favorecer determinadas equipas, o saldo tenha sido nulo porém foram cometidos erros dos mais inacreditáveis durante esta época!
Este ano ficou marcado ainda pelo aparecimento de novas “estrelas” e algumas confirmações: Manuel Fernandes (Benfica), João Moutinho (Sporting), João Alves (Braga), José Castro (Académica) e Diogo Valente (Boavista) serão no futuro jogadores que provavelmente trarão grandes alegrias a todos os portugueses. Nos estrangeiros, destaco o Arrieta (Estoril) e o McPhee (Beira-Mar).
E foi assim o nosso ano futebolístico, um ano recheado de emoções fortes, especialmente nas várias jornadas em que os 5 primeiros tinham 1/2 pontos de diferença entre eles. Daqui a nada vêm as férias, o defeso e uma nova época para viver. Independentemente das arbitragens, digo-vos uma coisa: Não me importava nada de ter uma época parecida com esta, desde que o vencedor seja o outro grande de Lisboa ;)

DE VOLTA!

Após um período de interregno, em que os trabalhos da faculdade falaram mais alto, vou tentar retomar o ritmo normal deste blog! Para começar vou publicar um artigo que está já prometido à muito tempo, a análise ao campeonato deste ano! Até já!

May 18, 2005

VAMOS A ELES!!!

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Hoje e para todo o sempre, mas hoje mais do que nunca
FORÇA SPORTING!!!